quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS!!!

DESEJO A TODOS OS AMIGOS E FAMILIARES UM FELIZ NATAL E UM FELIZ 2010!!!

MUITA SAÚDE E FELICIDADES!!!

FORTE ABRAÇO A TODOS E BONS TREINOS!!!

MARQUINHOS ORNELLAS & FAMÍLIA (RITA & GUILHERME)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ESTATUTO DA BICICLETA EM NITERÓI

Bike.JPG

Na última segunda feira foi realizada na Câmara de Vereadores de Niterói uma Audiência Pública com o objetivo de apresentar e discutir o "Estatuto da Bicicleta" na cidade.  Liderado pelo jovem vereador Felipe Peixoto, o estatuto foi muito bem analisado e discutido juntamente com outros vereadores, políticos e moradores da cidade durante quase 4 horas. 
Dentre muitas pessoas, eu estive presente juntamente com  Armando Barcellos (Triatleta Olímpico e proprietário da Barcellos Sports) e Claudio Santos (Presidente da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro e proprietário da Bike Amazonas). Todos moradores nascidos e criados na cidade de Niterói.
Espero que desta vez a Lei seja aprovada , pois a cidade precisa muito de uma alternativa como esta a fim de diminuir a poluição e principalmente o trânsito que é caótico. Além de garantir a segurança dos ciclistas, sejam eles atletas ou simplesmente usuários deste transporte.
 

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

DESAFIO REI DO MAR 2009

Participei neste sábado do Desafio Rei do Mar em Copacabana. Foram 2 km de natação num mar que estava bastante mexido. No dia seguinte foi realizado o VERDADEIRO DESAFIO REI DO MAR , com 10km de natação, com direito a pequenas corridinhas na areia a cada 2km e alguns dos melhores nadadores de águas abertas do mundo.
Foi uma prova com excelente organização e fiz questão de prestigiar este evento. O triatleta Virgílio de Castilho fazia parte desta bela organização. Parabéns para ele!!!
O uso da roupa de borracha estava liberado e resolvi aderir, não pelo fato de que talvez me auxiliasse no desempenho, até porque acho que nado pior de roupa do que sem, mas sim porque as provas que corro na Europa e outras de longa distância sempre o uso da roupa de borracha está liberado. Achei que seria uma boa oportunidade de continuar habituado a competir desta forma.
Infelizmente nadei muito mal,...me senti igual a um tijolo nadando. Estar usando a roupa de borracha (aumentando minha flutuação) com o mar muito mexido, fazia com que tivesse uma sensação de estar quicando na água com uma péssima posição de nado (estilo).
Apesar de ter finalizado em QUINTO lugar, fiquei extremamente chateado.
O lado positivo da história é que tenho noção da minha atual condição física e mesmo assim continuo com uma "auto-cobrança" elevada. Do contrário seria um sinal de acomodação e de que deveria arrumar outra coisa pra fazer.
Valeu a pena prestigiar o evento e competir, pois está é a melhor maneira para aumentar minha motivação e avaliar minha atual condição física.

Forte abraço a todos e bons treinos!!!
Marquinhos Ornellas

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DA CBTRI

No último final de semana participei do Curso de Formação de Técnicos da CBTRI. Foi uma experiência muito legal e fiquei muito feliz por ter essa oportunidade.
Fazia muitos anos que não entrava numa "sala de aula" e estava meio desacostumado em ficar sentado por tantas horas e concentrado nas ótimas palestras ministradas.
Espero que iniciativas como esta continuem acontecendo no Rio de Janeiro e por todo o Brasil pois as pessoas envolvidas eram realmente preparadas não só com a base teórica dos assuntos mas principalmente na parte prática, o que na minha opinião é o mais importante.
Tenho muitas críticas ao Triathlon Brasileiro de uma forma geral, como regulamentos , vácuo , percursos de baixa exigência técnica, ausência de exames de controle anti-doping, premiações , falta de respeito e reconhecimento aos atletas profissionais (Elite), preço das inscrições e as ações dos Organizadores de Eventos e de nossa Confederação.
Por isso resolvi participar e prestigiar o Curso pois não basta você simplesmente dizer que não concorda com isso ou aquilo, acho que aos poucos participando, poderemos com nossas idéias e experiências ajudarmos a mudar determinadas mentalidades. Desta forma conseguiremos realmente melhorar o Triathlon no Brasil.
Um dia pretendo exercer alguma atividade em nossa Confederação, ajudando os atletas de Elite, intermediando intercâmbios com os "gringos" , para que todo nosso potencial seja utilizado e os bons resultados se consolidem de vez. Talvez não tenha a oportunidade nesta gestão, mas gostaria muito de realizar o sonho de descobrir verdadeiros talentos e ajudá-los da forma que gostaria de ter sido ajudado .

Forte abraço a todos e bons treinos!
Marquinhos Ornellas

terça-feira, 24 de novembro de 2009



            Essa semana eu acabei de completar 23 anos de Triathlon. São tantas histórias e muitas competições inesquecíveis. A motivação e a determinação nos treinamentos e nas competições são meus aliados para continuar nessa paixão pelo Triathlon.
                                              Desde os 5 anos de idade pratico esporte. Comecei com natação , judô e futebol e aos 11 anos assiti na televisão o Ironman do Hawaii com aquela chegada épica da Julie Moss. A partir daquele momento decidi que um dia seria um Triatleta. Com 15 anos tive a oportunidade de correr meu primeiro Triathlon , Short Triathlon O GLOBO/ARMAZÉM DOS ESPORTES. Foi quando me apaixonei realmente pelo esporte e ainda sinto essa emoção, principalmente quando viajo para competir no exterior.
                                              No momento estou retornando aos meus treinamentos, pois acabei me contundindo no final da temporada na Europa. Finalmente me sinto bem mas realmente só voltarei a competir no ano que vêm. Fiquei um pouco triste pois tive que abrir mão de correr duas provas que são umas das minhas preferidas : o GP Time Trail de Balneário de Camboriú e o Mundial 70.3 de Clearwater.
                                              Inclusive vou aproveitar esse momento para agradecer mais uma vez ao Dr. Leonardo Metsavaht e também relacionar abaixo as minhas 10 provas prediletas no Brasil e no exterior pois espero sinceramente que sirva de incentivo aos amigos e triatletas apaixonados para quem sabe um dia realizar este sonho.

PROVAS PREDILETAS:

1- IRONMAN 70.3 ST CROIX (USA)
2- IRONMAN NICE (FRANÇA)
3- ALPE D'HUEZ LONG DISTANCE (FRANÇA)
4- CHALLENGE ROTH (ALEMANHA)
5- GERARDMER LONG DISTANCE (FRANÇA)
6- ST ANTHONY'S TRIATHLON (FLORIDA-USA)
7- IRONMAN 70.3 MONACO
8- DUPLO OLÍMPICO MERGOZZO (ITALIA)
9- GP TIME TRAIL BALNEÁRIO DE CAMBORIÚ
10- IRONMAN BRASIL (FORIPA)

Gostaria de ressaltar que aqui no Brasil eu adorava correr as provas do Troféu Brasil em BH (Nova Lima) e as do Rio ou Niterói, mas infelizmente elas foram retiradas do Circuito. Outra prova muito legal era o Meio Ironman de Porto Seguro e as etapas da Copa BOAVISTA em Copacabana. Sorte daqueles que puderam correr essa provas!!!

Mais uma vez muito obrigado pela torcida! Logo nos veremos nas competições aqui no Brasil pois em breve serei PAI e ficarei pelo Brasil pelo menos até o nascimento do FILHÃO : GUILHERME !!!

FORTE ABRAÇO A TODOS E BONS TREINOS!!!
Marquinhos Ornellas

terça-feira, 27 de outubro de 2009

De volta a casa!!!

Depois de 2 semanas da minha volta ao Rio, continuo matando as saudades da família e aos poucos encontrando com os amigos.
Uma das primeiras coisas que fiz foi ir direto ao meu ortopedista Dr. Leonardo Metsavath para examinar meu pé. Estou tratando e essa semana recomecei meus treinos. Aproveitei para fazer uma reciclagem do meu corpo e tirar umas férias pois foram muitas provas longas e realmente treinei bastante no período que estive na Itália. 
Foram muitos treinos bons e em alguns momentos engraçados de contar aos amigos. Consegui treinar bem os 3 esportes, e principalmente conseguindo treinar com qualidade, mesmo quando treinava sozinho. Naturalmente treino melhor quando tenho companhia, pelo menos mentalmente é mais fácil.
Sempre me lembro de 2 treinos que foram muito bem feitos mas com teor de diversão. O primeiro foi um treino de natação com o ucraniano Wladmir Polikarpenko que mora em Turin. O treino era de uns 5 mil e tinha uma série de 20 de 100m a cada 1'20" (piscina de 50m), fazendo 10 de braço e 10 nadando. A série pra mim não era das mais fáceis,...o problema foi que ele me disse , na maior naturalidade, que era pra nós fazermos 2 tiros fracos e 1 forte! Pensei: "Pô,...fraco saindo pra 1'20"??? Piada!!!" O cara nada MUITO!!! Um exemplo de profissional.
O outro treino foi com o espanhol Marcel Zamora. Ele mora em Barcelona mas depois do triathlon do Alpe D'Huez foi passar um tempo em Turin antes de correr o "Embrunman" na França. Alguns amigos em comum organizaram para que nós fizéssemos uns treinos juntos. Dessa vez foi um pedal de 200km mas com uma montanha de mais de 50 km. O cara na minha opinião é o melhor triatleta do mundo em provas longas em montanha e pra piorar minha situação tava com rodas de competição. Fomos juntos revezando bem forte e em alguns momentos ele aumentava o passo de forma acentuada demais. Consegui segurar até o final da subida e foi um alívio!!! Foram horas de terror e pânico!!! Acho que a nível de sofrimento foi uma das maiores que já senti treinando de bike. Outros momentos de sofrimento no passado foram no pelotões que eu ia em Boulder na vez que fui treinar lá ha muitos anos. Depois descemos a montanha no pau!!! Quando nos despedimos foi mais um alívio pois poderia ir no meu ritmo até em casa, porém já não tinha nada para beber ou comer ha muito tempo. Parei num bar e tomei uma Coca com uma "crostata" (doce italiano). Estava tremendo de hipoglicemia! Foi a melhor Coca Cola da minha vida!!! Voltei pra casa recuperado!!!
Realmente foram muitos treinos e competições com alto nível. Minha esperança é que eu continue evoluindo tecnicamente e colhendo os frutos de todos os sacrifícios.
Mais uma vez muito obrigado pelos amigos que prestigiam o Blog. Logo mandarei mais notícias.

Forte abraço a todos e bons treinos!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A DOR PURIFICA A ALMA!!!!

Conforme havia comentado estaria decidindo se continuaria competindo ou faria uma pausa para recuperar meu pé que vem me incomodando BASTANTE. Acabou que no último domingo decidi competir a fim de ajudar minha Squadra PEPERONCINO TEAM a conquistar o título italiano na distância Super Longa (3.8km/180km/42km).
A prova se chama ELBAMAN na belíssima Isola D’Elba . O percurso de ciclismo era muito duro como normalmente venho competido com mais de 3000 metros de desnível e mais de 60 km de subidas no total das 3 voltas, a maratona era plana com 5 voltas.
Nadei bem e logo na primeira volta liderava a prova e mantive a posição até o final do ciclismo. Estava me sentindo muito bem e talvez tenha sido o “Ironman” que entreguei a bike mais “inteiro” em toda minha vida. Eu sabia que meu pé me incomodaria muito mas não esperava que logo nos primeiros metros da maratona fosse doer tanto. Pensei que talvez depois de 30’ correndo eu fosse me acostumar e me “desligar” da dor… Estava enganado pois a coisa ficou feia! Eu forçava a outra perna para aliviar o impacto do outro pé. Corria bem devagar e a outra perna ficou tão ruim quanto o pé que no início me incomodava.
Tinha duas opções: abandonar como qualquer pessoa normal faria ou completaria a prova daquele jeito mesmo.
Minha squadra dependia do meu sacrifício para conquistar seu primeiro Título Italiano. Eu sabia muito bem disso. Nós éramos os favoritos mas ha mais de 10 anos o Peperoncino já se encontrou nessa posição de favorito e diversos obstáculos apareceram no caminho levando-os ao fracasso. Foram inúmeros vice campeonatos…
A soma do tempo dos 3 melhores atletas de cada Squadra(Clube) decidia a equipe campeã.
Logo na primeira volta da Maratona perdi a liderança da prova e até a quarta volta ainda estava entre os 5 primeiros mesmo me arrastando. Fui me desligando do mundo e me concentrando em finalizar a prova independentemente da posição.
Realmente foi um pesadelo com mais de 4 horas e 30’ de maratona! Não era a forma que esperava de finalizar minha temporada mas recebi o reconhecimento dos meus companheiros de Squadra e dos nossos dirigentes, pois meu sacrifício fez com que um antigo sonho se concretizasse.
Essa semana estou de ferias. Semana que vêm estarei de volta ao Brasil e tudo voltará ao normal. Achei que fosse estar muito mal e fiquei com medo do que que poderia acontecer com meu pé, mas estou legal, andando normal e sem ter a sensação de que tenha piorado demasiadamente.

Mais uma vez muito obrigado pelos amigos estarem sempre prestigiando o blog. Para mim foi uma experiência nova e fiquei muito feliz de dividir minhas experiências com todos,…as vezes desabafar e contar como é a vida de um triatleta na Europa.

Forte abraço a todos e bons treinos!!!
Marquinhos Ornellas

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

TRIATHLON DE GERARDMER E DE MERGOZZO



 

Na semana passada viajei para competir na França (06/09) , na cidade de Gerardmer. A viagem foi meio longa com mais de 7 horas de carro. A prova é muito dura e não tem 1 km de plano no ciclismo. Eram 2 km na natação , 93 km de ciclismo (3 voltas) e 21 km de corrida (3 voltas). Fazia um pouco de frio e estava menos de 10 graus. Minha preocupação era com a chuva pois o percurso tinha muitas descidas velozes e a chuva aumenta muito o risco de quedas. Felizmente não choveu e  a organização da prova foi uma das melhores que já vi, pois era um evento promocional, sem ter nenhum envolvimento com IRONMAN, CHALLENGE ou ITU. O kit da prova era bem original e todos ganharam um casaco sensacional com a marca do evento, o público compareceu em grande número e ao lado da arquibancada havia um telão que facilitava a identificação dos atletas na chegada. Durante alguns anos eles sediaram o IRONMAN FRANCE (atualmente a prova é realizada em Nice) e talvez por isso apresentem esse padrão de qualidade que vale a pena conferir. Assim como o Triathlon do Alpe D’Huez, em Gerardmer também acontece no dia seguinte um triathlon na distância olímpica, mas sempre sem vácuo. São duas provas que vale a pena viajar do Brasil para competir e conhecer a região!

A  prova contava com nível altissimo, bem maior do que eu esperava e do que havia acontecido nos últimos anos. Eu não nadei muito bem pois a largada foi muito confusa e acabei ficando enrolado num grupo perdendo o pelotão da frente que era bem forte. No ciclismo fui bem, disputando cada posição e me recuperando a cada volta. Entreguei a bike entre os Top 10 e não estava cansado. Infelizmente não pude correr bem pois depois do Ironman de Nice, onde abandonei por dores no pé, senti novamente muitas dores na primeira volta de corrida e com isso acabei perdendo tempo. Depois comecei a encaixar o ritmo mas acabei perdendo a décima colocação no final. Mais uma vez fui décimo primeiro…

Sinceramente não sabia que estava entre os TOP 10, pois o australiano Pete Jacobs (segundo colocado em Roth) me passou na segunda volta de corrida, mas ele estava uma volta atrás. Isso me confundiu pois eu havia passado ele na bike mas não sabia que havia aberto tanto. De qualquer forma sei que fiz o meu melhor dentro da situação de dores que apresentava. O frio aumentou minha sensação de dor e precisei de tempo para me adaptar a ela, com isso fiz uma corrida muito pior do que normalmente faria

Neste último domingo (13/09) fomos para o Lago Maggiore , na Itália , competir no Triathlon de Mergozzo. A prova era Campeonato Italiano na distância de 3km de natação , 80 km de ciclismo e 20 km de corrida (Duplo Olímpico).

Foi nessa prova em 2005 que começou minha história aqui na Itália pois tive a felicidade de vencê-la, fazendo uma das melhores provas da minha carreira.

Meu objetivo era realmente ficar entre os 5 primeiros mas principalmente ser o primeiro estrangeiro, pois havia uma premiação especial para estes. Meu principal adversário seria o ucraniano Wladmir Polikarpenko, mas que acabou desistindo da prova.

Nadei mais ou menos , apesar de estar treinando muito bem. Larguei por fora e me encaixei bem no primeiro grupo mas não aguentei o ritmo, saindo quase 1’ atrás na disputa do quarto lugar.

Meu pé não havia ainda se recuperado da semana anterior e tive dificuldades de correr descalço na longa transição. Me recuperei na bike e cheguei disputando o terceiro lugar. Logo na saída para corrida vi que o máximo que poderia fazer seria lutar para ficar entre os 5 primeiros pois meu pé doía muito. Fechei a prova em quinto e garanti o primeiro lugar como estrangeiro. Fico contente com o objetivo cumprido mas triste de saber que estou correndo de forma limitada…

Agora devo decidir se faço a última prova da temporada ou não pois acabei com muitas dores no pé. Logo estarei de volta ao Brasil e poderei ter meu atendimento médico com o Dr. Leonardo Metsavath no Rio.

 

Depois da prova fiz meu quinto exame de Controle Anti- Doping, desde que cheguei aqui na Itália em maio. O primeiro foi na França em Niederbron (Urina), depois fiz um outro controle antes da prova do Challenge Roth (Sangue),  mais um logo após a prova (Urina) e agora no domingo em Mergozzo na Itália (Urina e Sangue).

O fato curioso e engraçado neste último Controle foi que  durante a coleta de urina, o atleta vai num banheiro junto com um médico que observa TUDO. Estava eu lá enchendo o potinho que deveria ter no mínimo 100 ml e de repente o médico grita: “Basta!!!” Eu dei aquela “travada” e parei de “mijar”. Olhei pro médico e ele estava arrependido pois a espuma da urina o havia confundido. Ele me pediu para tentar preencher a quantidade necessária mas eu não conseguia mais. Liguei a água da torneira, dei descarga mais de 5 vezes e ficava de olho fechado concentrado…, pensando numa cachoeira ou em qualquer outra coisa que me fizesse preencher aquele “maldito potinho”. Lembrei até da minha mãe que me levava no banheiro pra mijar antes de dormir quando era bem pequeno.

Infelizmente não consegui e depois disso meu pote referente ao exame virou a atração entre os 4 médicos responsáveis, discutindo se seria suficiente ou não para o Controle. Eu trocava a urina de pote por mais de 5 vezes como nas aulas de química do colégio para que enfim os médicos chegassem a uma conclusão se faria outra coleta ou se aquela quantidade seria suficiente.

Isso tudo foi engraçado, até porque os italianos são escandalosos etc, mas serve de exemplo principalmente aos organizadores de competições no Brasil, a Confederação Brasileira de Triathlon etc, pois não podemos realizar competições há tanto tempo, com premiações, formando equipes nacionais etc, sem que jamais exista um Controle Anti-Doping. Acho inadmissível o Ironman Brasil, o Internacional de Santos e as provas da CBTRI não terem um exame de Controle Anti Doping. Deveríamos aproveitar que temos a atleta olímpica Sandra Soldan trabalhando como médica responsável por esses exames na natação e trazê-la também para o Triathlon.

Não estou aqui acusando ou desconfiando de ninguém. Só acho que nenhum atleta no Brasil toca neste assunto e nem pede ou exige esse tipo de procedimento. O mundo inteiro está lutando contra o doping e no Brasil não fazemos nada a respeito.

Falo isso tudo por duas situações que aconteceram justamente no Internacional de Santos. Em 1992, fui Vice Campeão da prova e o vencedor do evento, poucos meses antes havia sido pego num Controle na França e proibido de correr por lá. Há poucos anos atrás, uma atleta ainda cumprindo a suspensão de 2 anos participou e venceu o Internacional de Santos.

Acho que essas coisas acontecem pois nós atletas não somos unidos e também pela cultura brasileira da impunidade e da falta de memória.

Forte abraço a todos e bons treinos!!!

Marquinhos Ornellas

 

sábado, 1 de agosto de 2009

ME DESCULPEM, MAS SOU HUMANO!!!


Apenas duas semanas depois de ter competido no Challenge Roth fui nesta quarta feira , dia 29 de julho , para o Triathlon Long Distance do Alpe D’Huez tendo a “RESPONSABILIDADE”  de carregar no peito o número 1 .  Digo responsabilidade pois a prova contava com grandes atletas, praticamente toda a seleção francesa, atual bicampeã mundial por equipe de Triathlon de Longa Distância, incluindo Julien Loy (atual Bicampeão Mundial) , a seleção italiana de Longa distância e a equipe TBB com atletas de toda a parte do mundo.

Ano passado fui Campeão dessa prova que para mim é uma das mais lindas do mundo. O cenário é maravilhoso parecendo uma pintura com céu muito azul e as montanhas ainda com neve.

A prova juntamente com o EMBRUNMAN , também na França,  são as provas mais difíceis do triathlon mundial. A prova do Alpe D’Huez só não é considerada a mais dura pois ela tem medidas menores.

O Embrunman são 3.8km de natação, 190 km de bike com mais de 5000 m de desnível , incluindo o famoso Col D’ Izoard e 42 km de corrida . A largada é as 6:00 da manhã totalmente no escuro, onde devemos seguir um caiaque com uma lamparina pendurada!!! No ano passado fui para essa prova que era um dos meus sonhos. Peguei chuva de granizo e 2 graus negativos no topo do Izoard!!! Depois de ter 3 pneus furados acabei abandonando a prova. Peguei muita chuva e frio! Na França o atleta não pode receber ajuda externa nem da organização da prova , com isso acabei ficando doente por mais de 1 mês e quase tive pneumonia… 

Voltando ao Triathlon do Alpe D’Huez. O evento consta com muitas provas durante toda a semana, começando no domingo com um short triathlon sem a subida do Alpe D’Huez. Na terça é realizado um triathlon infantil muito legal. As crianças na França tem uniformes com os próprios nomes e são muito talentosas. Na quarta é realizada a prova mais importante que é o Longo. São duas transições e as medidas são: 2200m de natação , 115 km de bike com 3 montanhas (uma de 20km , outra menos inclinada de quase 25 km e para terminar o Alpe D’Huez com 15 km acabando na  transição 2), a corrida são 22 km dividida em 3 voltas a 2200 m de altitude. Na quinta-feira é relizada uma prova mais curta com 1000m de natação , 34 km de bike com o Alpe D’Duez e 7300 de corrida no mesmo local do Triathlon Longo.

Esse ano não consegui ter o mesmo desempenho do ano passado, mas fiz questão de prestigiar o evento e apesar de todo o sofrimento pela dificuldade da prova, jamais pensei em abandonar, mesmo tendo piorado quase 30 minutos do meu tempo do ano passado. Eu sou humano e apesar das distâncias não serem relativamente muito grandes, a dificuldade e o tempo de prova são referentes a um IRONMAN pois a prova leva mais de 6 horas.

Eu nadei muito bem e saí no primeiro pelotão, mas saí muito cansado e isso me prejudicou no início do ciclismo. Mas logo me recuperei e estava entre os 5 primeiros até a metade da primeira subida (20 km), quando um grupo forte me alcançou. Infelizmente não reagi pois conheço a prova e sabia que não estava suficientemente treinado e apresentava ainda “aquele”  cansaço típico de pós Ironman. Acabei perdendo algumas colocações e fiquei meio confuso pois a prova contava também com revezamentos. Com isso não sabia muito bem minha colocação. Fiquei durante o ciclismo num perde e ganha de colocações pois pela carcterística da prova, o rítmo mudava constantemente e durante todo o tempo um ou outro dava  “aquela quebrada”. Poucos conseguiam se recuperar. Devido a esse risco, fui prudente e confesso que até dei uma “quebradinha”  no início do Alpe D’Huez onde a inclinação era a mais dura da prova, mas felizmente, graças a Deus, consegui me recuperar. Fiz uma hidratação e alimententação muito boa durante toda a prova, com isso estava confiante de que aguentaria a “pressão”!

Saí para correr tranquilo e ganhei algumas colocações fechando a prova em décimo primeiro. Felizmente os 15 primeiros subiam no podium, o que me deixou muito feliz pois  nos últimos anos fui décimo primeiro em várias provas (Challenge France, Ironman 70.3 California e Campeonato Mundial de Ironman 70.3) , o que as vezes me deixava um pouco chateado.

 

Agora pretendo voltar aos treinos normalmente para em breve realmente poder fazer o meu melhor, voltando a competir somente quando estiver muito bem treinado e descansado.

 

Logo mandarei mais notícias sobre os treinos e um resumo de nossa viagem até agora.

 

Mais uma vez muito obrigado pela torcida. Forte abraço a todos e bons treinos!!!

 

sexta-feira, 17 de julho de 2009

DA EXPECTATIVA A DESILUSÃO,MAS...


CHALLENGE ROTH – 8 horas 32 minutos

Nada como um dia após o outro, ou uma nova prova após uma decepção.

Faz algum tempo que não mando notícias. Andei viajando muito e ao mesmo tempo, como já comentei anteriormente, fico sem animação para entrar na internet quando não vou bem numa prova.

 

No final do mês de junho viajei para Nice para competir no IRONMAN FRANCE. A prova é maravilhosa, o percurso é bastante duro com muitas subidas e descidas. Os primeiros 20 km e os 20 km finais são planos. A prova vai subindo até o km 125 e depois descemos uma serra de praticamente 35km até chegar na parte final plana, mas com MUITO vento contra.

 

Eu treinei bastante para essa prova. Não faltou nada! Fiz MUITAS montanhas e sempre as mais difíceis e longas da região de Turin. Cheguei a pedalar pela fronteira da França, nos Alpes, e por muitas vezes pedalei mais de 7 horas, chegando a fazer um treino de bike de 8 horas e 15’.

 

Meus treinos de corrida também foram feitos da melhor forma, como nos ensinamentos do Bernardinho do volei . Eu cheguei na prova com a certeza de que não poderia ter feito nada a mais do que fiz!

 

A prova contava com altissimo nível. Na natação acabei me embolando na largada e fiquei preso num grupo que acabou deixando 2 atletas escaparem. Menos mal que esse era o grupo com a maioria dos favoritos.

Saí para pedalar disputando a quarta colocação e até a metade da principal subida da prova me encontrava nessa situação. A parte mais difícil da prova é do km 50 ao 70, onde encontra-se a subida mais longa e com maior inclinação. Depois ainda continuamos subindo até o km 90 , mas com muitas retas de “falso plano”.

Inexplicavelmente não pedalei muito bem. Durante a semana me sentia descansado e estava me alimentando e me hidratando de forma perfeita. Pedalei para 5h 06’, pior que no ano passado (5h 04’) , tendo treinado muito mais, e muito pior do que em 2007 quando fiz o melhor tempo da prova com 4h 53’.

Mesmo assim ainda estava entre os TOP 10, mas quando desci da bike meu pé esquerdo doía MUITO, não podia correr e mancava…  Logo pensei: “Como vou correr uma maratona assim???!!!”  Na hora não entendi nada pois como foi aparecer essa dor sem ter sentido nada nas últimas semanas,…pensei que fosse uma fascite plantar causada pela sapatilha.

Corri duas voltas de 10.500m ainda entre os 10 primeiros mas ainda mancando um pouco. Quando comecei a me sentir mal do estômago e perder rendimento no km 23/24, decidi abandonar a prova e competir em seguida em outro Ironman.

Logo depois que abandonei a prova resolvi dar um mergulho na praia e pude notar que o arco do meu pé estava roxo e inchado. Deduzo que devo ter batido com o pé nas pedras da largada e  que não sentia dores durante o ciclismo pois não havia impactos fortes como na corrida.

Fiquei arrasado pois Nice, assim como St Croix, são as minhas provas prediletas.  Não ter completado foi um golpe que não esperava, porém  ainda havia a esperança de aproveitar todo o treinamento realizado e competir num outro grande evento.

Apesar de ter treinado ciclismo somente em montanhas, resolvi competir no CHALLENGE ROTH na Alemanha.

Foram duas semanas entre as duas provas e eu descansei bastante fazendo treinos mais curtos e procurando não treinar em montanhas.

Minha mulher (Rita) também ia correr a prova e saímos na quarta feira as 4:00 da madrugada para pegar o trem que ia de Turin para Milão e depois Roth (Via Munique). A viagem foi longa e cansativa mas a volta foi MUITO pior. Não chegava NUNCA!!! Ficamos na casa dos amigos Gerrit e Maona e foi muito legal, com astral muito bom.

Um dos sonhos da minha vida no Triathlon era fazer um Ironman em 8 horas e 30’, independentemente de colocação. Sabia que o nível da prova estava altíssimo e as características do percurso e dos concorrentes não me favoreciam.  Quando falo dos concorrentes é porque sempre que corro uma prova, vejo a Start List para saber como a prova vai se desenrolar,…se tem muitos nadadores bons ou não, se a maioria dos PROS são bons ciclistas ou corredores.  Dessa forma analiso minhas estratégias e visualizo o que provavelmente deva acontecer na prova.  Roth tinha quase 100% dos melhores ciclistas de Ironman do mundo : Norman Stadler, Ain Alar Johanson, Thomas Hellriegel, Raynard Tyssink, Torbjorn Sindballe (que acabou não correndo a prova) etc. Ao mesmo tempo não tinham bons nadadores. Somente o Pete Jacob, o que me dificultava bastante pois prefiro provas com muitos nadadores pois dessa forma o grupo se mantem compacto sem que ninguém “sobre do pé”. 

Acabou que aconteceu exatamente o que eu esperava. O Jacob abriu logo na largada e eu fiquei no primeiro pelotão saindo mais de 1’ atrás.

Não fiquei chateado pois sei que sairia destruído d'água se tivesse ido no pé do primeiro. A prova era longa e o pior ainda estava por vir,…que seria pedalar com  “os caras”.

Pedalei muito bem até o Km 120, sempre entre os 5 , 7 primeiros, chegando a estar em terceiro.  O Thomas Hellriegel dava o ritmo e um grupo com Tyssink, Tim Berkel, Patrick Vernay e eu seguíamos dentro da regra dos 10m de distância.

Felizmente quando tinha subida o ritmo caía um pouco mas nas retas era bastante forte. Logo no início o Norman passou o grupo e com 70km o Tyssink atacou e também abriu uma pequena vantagem.

Infelizmente não consegui manter o ritmo e por alguns kilometros acabei deixando o ritmo cair ficando para trás, mesmo assim ainda entre os 8 primeiros.

Em seguida um grupo de atletas me pegou, com vários “famosos” e que posteriormente estariam figurando entre os 15 primeiros.  O detalhe era que eles estavam num pelotão igual a uma prova da ITU!!!  Conforme eles me passavam eu acabei entrando no “bonde”  até ser o último do grupo e vi que só poderia ir com eles se realmente “dançasse aquela música”  igual a eles, quer dizer, andar na roda de forma descarada!!!  Na mesma hora diminuí e pensei em todos os anos da minha carreira desde quando comecei. Não poderia me prestar aquilo.  Estava prestes a fazer o melhor tempo da minha vida naquela distância e quem sabe poderia bater o recorde brasileiro. De forma alguma poderia estragar aquele momento pois haviam muitos fotógrafos, cinegrafistas etc. Seria uma vergonha para mim. Além disso tinha certeza que a qualquer momento alguém seria penalizado e eu seria beneficiado com isso.

Acabei pedalando sozinho até o final e depois de alguns kilometros “em crise”, voltei a pedalar bem fechando os 180km em 4h 35’.

Saí para correr me sentindo legal, sem cansaço nas pernas. Fui correndo ritmado sem forçar exageradamente pois realmente não sabia como meu corpo iria corresponder. Foi uma maratona onde ganhei algumas posições mas depois perdi algumas nos 2 momentos que  “andei em crise”. Fechei a maratona em 3horas 06’, passando a meia com quase 1h32’.

Minha parciais foram: SWIM – 47’ / BIKE  - 4h35’ / Run – 3h06’ e com 8 horas e 32’ no final.

Fiquei contente com meu tempo e cheguei bem perto do tempo do Reinaldo Colucci, estabelecendo o segundo melhor tempo na distância na história dos atletas brasileiros.

Pra mim isso é uma honra pois foram tantos excelentes atletas que competiram em Roth e em provas de Ironman: Roger de Moraes (primeiro brasileiro a fazer abaixo de 9 horas), Alexandre Ribeiro (durante anos recordista brasileiro na distância), Armando Barcellos.(melhor colocação brasileira no Ironman do Hawaii).

Sinceramente acredito que ainda posso fazer uns 10’ a 15’  melhor e vou lutar bastante para alcançar esse objetivo.

 

Mais uma vez muito obrigado pelo carinho e pela torcida de todos!!!

 

Forte abraço e bons treinos!!!

Marquinhos Ornellas

domingo, 21 de junho de 2009

TRIATHLON BARDOLINO

 

Olá meus  amigos!!!

 

Dessa vez não estou demorando muito para dar notícias. Ontem competi no triathlon mais importante da Itália na distância olímpica. O local era maravilhoso, no Lago de Garda, maior lago na Europa e a cidade era Bardolino. Era a vigésima sexta edição do Triathlon Internacional Cidade de Bardolino e tinha premiação em dinheiro para os 50 primeiros!!!

Talvez por isso mais de 150 atletas na ELITE e quase 1500 participaram da prova.

A cidade toda estava enfeitada para a prova e realmente um grande público prestigiou o evento que contava com arquibancadas e até um telão perto da chegada.

Muitas vezes as provas do Circuito Europeu tem nível similar as próprias Copas do Mundo e foi o que aconteceu em Bardolino, até porque não existe limite de atletas por país e nem o tradicional limite de 85 atletas por etapa.

Todas as provas de Elite/Profissional de distância curta na Itália valem vácuo. Infelizmente!!! Pois as provas mais maneiras da Itália, são as dos atletas amadores.  Percursos lindos e difíceis...  Bardolino era assim, pena que valendo vácuo!!! Já na França, nenhuma prova vale vácuo. Somente as provas do Grand Prix de clubes. Cada clube contrata pelo menos 6 atletas para competir nas 6 etapas, onde cada etapa tem um formato diferente ( olímpico, sprint, triple super sprint, time trial , revezamento etc)

A prova de Bardolino estava lotada de atletas que correm o Circuito Mundial da ITU e pelo menos 10 atletas que estiveram nas Olimpíadas.

Terminei a prova em vigésimo primeiro depois de ter nadado MUITO mal. Saí em quadragésimo lugar na natação mas felizmente estava “naqueles”  dias onde consigo pedalar muito bem, me deixando orgulhoso do trabalho realizado. Saí mais 1’30” dos primeiros e consegui diminuir bastante esta desvantagem. Admito que não fiz o trabalho sozinho pois fui ajudado pelo italiano Alessandro Degasperi, líder do ranking italiano e um dos favoritos. Fizemos um belo revezamento sem receber ajuda de ninguém. Conseguimos buscar vários grupos e os “sobrados”. Talvez com um pouco de ajuda tivéssimos buscado o pelotão... Minha corrida foi legal, só me faltou uma largada e uma chegada mais forte, pois chegamos todos enfileirados e próximos. A vitória ficou para o francês Tony Moulai.

Logo mandarei mais notícias. Mais uma vez muito obrigado pela torcida e por prestigiarem o blog.

 

Forte abraço a todos e bons treinos!!!

MARQUINHOS ORNELLAS

quinta-feira, 11 de junho de 2009

VOLTANDO QUASE AO NORMAL

 

Depois de mais de 20 dias tomando banho frio , ou melhor, gélido, aqui em Turin, na Itália, finalmente a assistência técnica resolveu vir aqui na nossa casa consertar o aquecedor.

Foi bem na véspera de fazer uma prova aqui por perto, em Sommariva Perno, perto de Alba, região das trufas, do mel e do vinho. A competição era um Short Triathlon e foi realizada numa terça-feira, feriado aqui na Itália. Apesar de estar treinando para provas longas resolvi fazer pois além de ser perto de casa, era Campeonato Piemontese (Região de Piemonte onde minha “squadra”  de Turin se localiza).

A prova tinha mais de 500 atletas e foi realizada numa piscina, com várias baterias de acordo com o ranking italiano.

Dessa vez não consegui sair junto com os primeiros, agüentei 300m e acabei sobrando, o que me deixou muito chateado pois normalmente isso não acontece. Cada raia nadam pelo menos 6 atletas de acordo com o ranking e minha raia era a mais forte.

Antes da largada os atletas se organizam para saber quem vai na frente e a prova se desenrola como num treinamento normal em piscina, todo mundo nadando no pé. Ou pelo menos tentando!!! O cara que saiu na frente na minha raia passou os 100m abaixo de 1’ e depois os 200m abaixo de 2’05”.  Atualmente este atleta (Giulio Molinari) é considerado o melhor nadador e ciclista do Triathlon Italiano. Eu larguei em quarto na minha raia e agüentei até os 300m, depois  acabei sobrando... Os outros 2 da minha frente agüentaram mais tempo.

Saí pra pedalar tentando buscar o pelotão o mais rápido possível aproveitando o início da prova que tinha algumas subidas. Busquei rápido e a minha intenção era escapar do pelotão e buscar o primeiro que fazia uma prova “solo”.  Consegui escapar mas logo depois errei o caminho e acabei voltando a ficar  na mesma distância que estava no início da bike (20” de atraso). Mais uma vez busquei o grupo e vi que não estávamos muito longe do primeiro. Infelizmente não consegui escapar novamente, mas fiz com que o grupo trabalhasse  bem por algum tempo, mas não o suficiente para realmente buscar se aproximar do primeiro. As vezes é melhor você andar sozinho do que num pelotão desorganizado e desinteressado.

Pra minha sorte a corrida começava subindo por quase 2 km.  Eu tenho mais facilidades de correr em subida do que no plano. Com isso abri boa vantagem para o terceiro e acabei ficando em segundo lugar.

Fiquei satisfeito com minha performance e animado pois na mesma semana estaria indo pra França competir no CHALLENGE FRANCE, prova realizada pelo segundo ano, fazendo parte do Circuito CHALLENGE e que está crescendo muito, principalmente na Europa.  O local da prova era numa região perto da fronteira com a Alemanha e a cidade se chamava Niederbronn-Les-Bains, perto de Strasbourg.

Fui para essa prova com um carro que um amigo me emprestou. Eu odeio dirigir e acabei tendo que fazê-lo pois deixar o carro dos outros, que era praticamente “zero”, na mão de Rita pra me ajudar na viagem era uma questão meio arricada... Foram mais de 600km passando por lugares muito “maneiros” mas debaixo de muita chuva.

A prova era nas distâncias de 1.9km/90km/21km e contava com uma START LIST repleta de estrelas do “Mundo do Triathlon” e com mais de 1200 atletas. Fazia muito frio, menos de 10 graus e choveu durante quase toda a prova.

Nadei bem e saí no primeiro grupo mas perdi muito tempo na transição me vestindo pois pedalei de camisa comprida. Depois fiquei arrependido pois além de ter demorado a me vestir, achei que a camisa “inflava” igual ao pára-quedas nas descidas ou quando batia vento contra.

Não pedalei muito bem mas mesmo assim entreguei a bike entre os TOP 10. A corrida era bastante dura e eram duas voltas com trilhas (bosques), muitas subidas e até escadarias!!! Eu achei que estava correndo bem, mas mesmo assim acabei perdendo uma posição para o Patrick Bringer (França) faltando uns 4 km pra chegada. Ele estava correndo muito forte e apesar de ter reagido, não consegui segurar aquele ritmo por muito tempo. Acabei ficando em décimo primeiro numa prova que achei de altíssimo nível. A performance do Chris MacCormack foi de outro planeta pois o percurso era bem difícil e o tempo dele muito baixo.

A prova contou também com exame anti-doping e praticamente  todos  os 15 primeiros homens fizeram exame. Outra coisa interessante foi na largada que foi realizada dentro d’água e um potente jato de mangueira do Corpo de Bombeiros delimitava a linha de largada, dessa forma ninguém ultrapassava essa linha, caso contrario levava um jato d´água na cabeça!!!

Mais uma vez valeu pela torcida dos amigos. Em breve mandarei mais notícias.

 

Forte abraço a todos e bons treinos!!!

 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

DESISTIR NUNCA , RENDER-SE JAMAIS !!!


 

Faz muito tempo que não atualizo este blog… Me desculpem os amigos que estão sempre na torcida interessados em saber minhas notícias, mas as vezes quando não vou muito bem numa prova fico tão chateado e deprimido que tenho vontade de SUMIR!!! Além do mais foram tantas viagens seguidas que não pude ter acesso a internet…

Depois da prova de St Anthony’s (Triathlon Olímpico sem vácuo) na Florida, fui competir pela décima vez em St Croix (Ilhas Virgens). A prova fazia parte do circuito Ironman 70.3.

Eu sempre tive excelentes resultados nessa prova e estava com muita confiança em repetir uma ótima performance, mas…

Faço parte de uma escola de triathlon que quando você se “ferra” numa prova , tem que botar a “viola no saco” e ficar de boca fechada pra não parecer que está querendo dar “desculpinhas”.

A verdade foi que apesar de ter nadado praticamente  no primeiro grupo (saí uns 10 a 15” atrás) , fiz um ciclismo 8’ pior do que o de costume e 12’ na corrida…

Durante quase 40’ na etapa de ciclismo persegui determinado o “pelotão”  da frente, que eram uns 7 atletas.  Por incrível que pareça, eu cheguei a estar a menos de 10”  do “ rabo ”  do grupo no topo de uma subida,  mas não foi o suficiente pra que eu realmente fizesse a conexão ao grupo e pudesse realmente marcá – los.

Entreguei a bike entre os 10 primeiros e quando perdi essa posição na corrida foi uma grande decepção pra mim pois infelizmente não consegui reagir.

Mais uma semana fiquei sem ter boas explicações a respeito do meu resultado. Talvez tenha criado muitas expectativas e tenha tido excesso de confiança em determinadas situações da prova, mas hoje em dia no Mundo do Triathlon, não podemos vacilar em momento algum.

No final do dia acabei ficando em décimo terceiro lugar e pela primeira vez em 10 participações, fora dos TOP 10.

No dia seguinte estava muito cansado e desanimado. Acabei não treinando e logo na terça tive uma viagem longa de volta ao Brasil a fim de buscar a Rita (minha mulher) antes de ir pra Itália. Saí de St Croix na terça de manhã (antes das 7:00) e só cheguei no Rio na quarta ao meio dia devido as várias escalas que meu vôo. 

Logo na sexta viajei para Italia e só cheguei na minha atual casa a meia noite de sábado…

Tenho vários amigos que adoram acompanhar os blogs e sites de vários triatletas internacionais. Eu mesmo as vezes acompanho influenciado por esses amigos. Fico impressionado com a vida que eles levam e as vezes até duvido de determinadas situações pois tudo que eles dizem parecem até “conto de fadas”… Nunca estão cansados, estavam sempre viajando em lugares paradisíacos, curtindo a vida, tirando fotos embaixo d’água e até surfando. Daí eu penso,…”Caramba!!! Esses caras não treinam??? Viajam com bike, rodas , roupas etc e ainda levam prancha de surf??!!! Devem ser ricos pois só de excesso de bagagem vão pagar em qualquer companhia aérea pelo menos 400 dólares (equipamentos esportivos-prancha + bike).

Confesso a vocês que minha vida não é assim e quase choro na hora que me cobram pela bike para embarcar. Cheguei na Itália tem 10 dias e até agora não consegui ter água quente para tomar banho, ainda estou sem celular e só ontem consegui ter internet mas somente por uma hora ao dia.  Ainda bem que até os 26 anos de idade eu só tomava banho frio e faz pouco tempo que desfruto dos prazeres de um banho morno…

No domingo passado competi no Campeonato Italiano de Longa Distância. Foram 4 km de natação (2 voltas), 120 km de ciclismo (3 voltas) e 30 km de corrida ( 4 voltas). O percurso era “rolling hills” sem nenhuma subida muito dura no ciclismo e a corrida tinha boa parte em terra, mas com muitas pedras.

Quando cheguei na Italia minha bagagem só chegou 2 dias depois e somente na quarta pude pedalar com a bike da minha equipe, pois fazia parte do meu acordo pedalar com a bike patrocinadora do clube. Infelizmente não consegui me adaptar a tempo para a prova pois não consegui que a bike ficasse extatamente igual a que eu estava habituado. Com isso acabei deixando cair o ritmo no final do ciclismo e tendo mutas cãimbras na corrida.

Saí em quarto da natação e com 25km estava em segundo lugar, bem perto do líder. Com 65 km um grupo de 7 atletas me pegou, sendo que 2 desses conseguiram abrir faltando 30 km. Entreguei a bike com esse grupo e quando estava lutando pelo segundo lugar comecei a ter cãimbras. Tive que caminhar duas vezes e fui parar em oitavo. Foi uma agonia até o km 15, quando pedi a Rita que me arrumasse sal de cozinha, sal grosso ou algo parecido. Estava apelando pra qualquer coisa salgada que me fizesse passar as cãimbras.  Ela conseguiu num bar e trouxe um copinho de café cheio de sal grosso. Joguei embaixo da lingua e corri o resto da prova. Realmente consegui me recuperar e não tive mais cãimbras, chegando em quinto lugar , ganhando no sprint de 2 outros atletas.

Não fiquei feliz com o resultado pois esperava uma melhor colocação, mas se pensar pelas dificuldades que encontrei no caminho e o poder de recuperação, acho que valeu a pena o esforço, e aumenta minha confiança.

Ontem e hoje o GIRO D’ITALIA passou aqui por Turin. Foi bem legal assistir. Os colégios fazem excurssões com as crianças para ficarem na torcida. Todos aplaudiam e gritavam: “Italia,Italia!!!”

Eu estava de bike a caminho do meu treino. Iria me encontrar com um grupo de ciclistas. O trajeto que tinha que fazer era exatamente aonde o “Giro” estaria passando. Tentei ir na frente do comboio mas logo os batedores me pediram pra encostar. Consegui por um tempo ir ao lado do pelotão por um ciclovia, mas esta era curta e tive que parar e assistir o pelotão inteiro passar. Fui atrás , no vácuo dos carros das equipes Milram e Caisse D’Espagne, mas a minha felicidade durou poucos minutos pois a polícia mandou eu parar e esperar todos os outros carros passarem (imprensa, ambulância ...).

Foi bem legal e divertido,...pena não ter conseguido ver o Lance e nem o líder do “Giro”, Danilo Di Luca. Na verdade não reconheci ninguém...

 

Mais uma vez agradeço o carinho e a torcida dos amigos que estão sempre acompanhando minhas notícias.

 

Forte abraço a todos e bons treinos!!!

 

 

 

 

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ola' galera!!!

Na quarta feira passada embarquei para minha temporada "gringa". Esse ano deixei de competir no inicio de abril no Ironman 70.3 da California e o Nautica South Beach na Florida a fim de aproveitar um pouco mais o amor e o carinho dos meus familiares que sempre me apoiaram tanto, desde o principio da minha carreira.

Tive uma viagem muito cansativa devido a empresa aerea "escolhida", pois fiz varias escalas ate chegar em Miami. Fui recebido pelos amigos de muitos anos de Niteroi , Reinaldo (triatleta Pro na Florida) e Carol (mandachuva da Victoria Secret em Miami) que desde 2007 me hospedam aqui nos EUA.

A primeira prova foi neste final de semana numas das provas mais famosas dos EUA e a principal da Florida, o St. Anthony's Triathlon, com mais de 5000 atletas, na cidade de St. Pittsburg, pertinho de Clearwater. Fomos de carro e la' em St. Pitt ficamos na casa da triatleta brasileira Claudia Junqueira que mora nos EUA ha mais de 15 anos, onde mais uma vez fui muito bem recebido.

A prova era na distancia olimpica, sem vacuo e contando com dezenas de estrelas do mundo do triathlon atual: Matt Reed, Greg Bennet, Terenzo Bozzone, Andy Potts e Andreas Raelert.
O mar estava tao agitado que a natacao foi cancelada para os amadores.
Apesar do mar agitado e muito dificil de se nadar, conseguia com facilidade permanecer entre os primeiros colocados. Quanto mais dificil e mexido era o mar, maior era a minha facilidade. Mas, conforme chegavamos mais pra fora, havia uma correnteza muito forte jogando pra areia. E o mar ficava menos mexido e o ritmo do grupo aumentava. Infelizmente sempre tem aqueles atletas distraidos e com dificuldades de se orientar em mar aberto. Com isso acabei ficando preso, me degladiando com eles dentro d'agua e acabei perdendo o grupo principal, saindo 20' atras para pegar a bike. Logico que fiquei louco da vida com isso pois muitos atletas nao olham pra frente e acabam desviando o rumo e "FERRANDO" com os que vem atras.
Acabei saindo com um grupo que felizmente logo consegui abrir. Vinha comigo somente o alemao Raelert que no final acabou me abrindo.
Tentei ao maximo encostar no grupo da frente que vinha praticamente compacto mas nao consegui... Acabei o ciclismo entre os TOP 10 mas infelizmente nao corri muito bem... Me senti cansado, nao tive o rendimento esperado e acabei desanimando quando vi que nao ficaria entre os 10 primeiros, pois desde 1991, em todas as vezes que participei da prova, sempre conquistei um lugar entre os 10 primeiros, inclusive ja havia sido segundo lugar. Por isso que ate' hoje recebo tanto carinho e reconhecimento dos organizadores e atletas locais.

Logo estarei competindo de novo e mandando noticias. Mais uma vez muito obrigado pela torcida!!!

Forte abraco a todos e bons trenos!!!
Marquinhos Ornellas

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Revista TRISPORT

Recentemente a Revista TRISPORT publicou uma 
matéria sobre a minha bike MAX LELLI. 

No texto consta minha opinião, além de dados técnicos sobre a bike como a alta qualidade do carbono utilizado, geometria etc.

Achei uma ótima idéia postar no blog para dar a oportunidade aos amigos de conhecerem essa bike que ainda não é famosa no Brasil.

Abraços a todos e bons treinos!!!

terça-feira, 24 de março de 2009

VITÓRIA NO AQUATHLON EM NITERÓI

"Queridos amigos

No dia do meu aniversário, 22 de março, foi realizado em Itaipu - Niterói, uma das etapas do Circuito Niteroiense de Aquathlon.
Decidi prestigiar o evento com o intuito de colaborar na divulgação do Triathlon na cidade e no Estado. Niterói e Rio já foram referências nacionais do esporte, mas hoje, seja pela falta de apoio das empresas, prefeituras etc, não dispomos de grandes eventos e há muito tempo não surgem novos talentos no Estado.
A prova consistia em 600m de natação e 4 km de corrida.  Eu que faço Triathlon há quase 23 anos chamo esse tipo de prova de Biathlon, assim como era antigamente.  Mas hoje em dia chamam de Aquathlon ou pior ainda, de Duathlon Aquático (essa pra mim é a pior de todas!!!).  No mesmo local do Aquathlon acontecia um Circuito de Maratonas Aquáticas.  Na verdade esse era o evento principal e o Aquathlon foi agregado posteriormente.
Quando decidi participar da prova imaginava um grande evento agregado com um enorme potencial de divulgação de ambos esportes.
Apesar de estar muito cansado dos meus treinamentos, pois vinha numa sequência de provas e durante a semana havia "oficialmente" começado minha temporada de treinos nas montanhas cariocas (Alpes Cariocas), finalizei a prova em primeiro lugar.
Fiquei feliz com meu desempenho mas gostaria que o evento tivesse se desenrolado de outra forma. As duas provas não trabalharam em conjunto, pois os palanques eram separados e somente a Travessia oferecia um locutor que em momento algum "chamou" a atenção do público para o Aquathlon.  Achei mais que parecia que o Aquathlon estava "atrapalhando" o evento da Travessia, seus participantes e acompanhantes...
Mesmo assim acho muito importante ter participado junto aos futuros talentos do Estado, das crianças do Projeto Social da Fernanda Keller e de tantos amigos que sempre estão na torcida. Além de tentar ajudar a Federação (FTERJ) a voltar aos bons tempos, com grandes eventos. Não podemos só criticar e sim tentar ajudar, cada um da sua forma.

Mais uma vez muito obrigado aos amigos por toda a torcida e pelo carinho que sempre recebo.

Forte abraço a todos!!!
Marquinhos Ornellas"

terça-feira, 17 de março de 2009

Campeonato Estadual do RIO de JANEIRO


"Queridos amigos

Neste domingo, 15 de março, foi realizada a primeira etapa do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro no Aterro do Flamengo.
Foram 750m de natação, 20km de ciclismo e mais 5km de corrida com vácuo liberado. Infelizmente não pude utilizar minha bike MAX LELLI, pois o regulamento da prova , diferentemente de outras ocasiões,  seguiu as regras da CBTRI e ITU, portanto minha bike de contra relógio não poderia ser utilizada.  Com essa surpresa na véspera da prova, consegui uma bike na sexta feira , mas com geometria e tamanho dos pratos muito diferente do habitual.
Quase 300 atletas participaram da prova, mostrando que o Rio de Janeiro continua sendo grande praticante do esporte mesmo com a falta de apoio e de lugares seguros para treinamento. Além disso , esse número de participantes numa prova no mesmo final de semana de uma etapa do Troféu Brasil mostra que é inviável para nós cariocas, viajarmos para Santos com os preços das inscrições tão caras.
Minha prova foi legal mas nada espetacular. Queria muito ter vencido, mas com o regulamento permitindo o vácuo,  não pude realizar meu objetivo de vencer.  Nadei legal e sabia que deveria "atacar de bandeirada"  no início do ciclismo e foi o que eu fiz.  Mas largar o Virgílio de Castilho de roda não é tarefa fácil.  Mesmo com ele no vácuo, não mudei minha postura de prova, que há mais de 20 anos sempre foi de pedalar forte. Na Transição 2 , acabei demorando muito para sair para correr e logo na saída estava ha quase 100m atrás...  Provei do meu veneno pois essa era exatamente a minha estratégia ,... "sair pra morte!!!"..., assim como havia feito na bike.  Numa prova curta e com nível técnico alto,  qualquer vantagem que você ganhe ou perca faz muita diferença.
Acabei na segunda colocação poucos segundos atrás. O lado positivo do evento foi o retorno do atleta Virgílio de Castilho as competições e o lado negativo foi que vários atletas da Elite e Militares correram pela areia ganhando vantagem de forma desonesta.  Todos sabiam que deveríamos sair da água na metade da prova de natação e contornar uns cones na areia e voltar diagonal ao mar.  Infelizmente muitos "malandros" foram correndo pela areia.  Eu e o Virgílio estávamos na frente e de repente fomos alcançados por um pelotão correndo pela areia...  Lamentável...  
Muito obrigado pela torcida dos amigos e de todos da RF Sports e do Cicle Itaipu durante toda a prova.
Abraços do amigo,
Marquinhos Ornellas "

terça-feira, 10 de março de 2009

Brasileiro de Longa por Marcus Ornellas

"Queridos amigos...

Neste sábado competi o Campeonato Brasileiro de Longa Distância na Praia do Cumbuco, em Fortaleza, alcançando a segunda colocação. Fiquei satisfeito com meu desempenho pois ainda não estou perto da minha melhor forma. É muito difícil se manter muito bem durante todo o ano, principalmente se logo no início da temporada estivesse na "ponta dos cascos"...

Tive uma natação bem legal junto ao grupo principal, apesar de ter largado muito mal. Meu ciclismo foi muito bom, com média superior a 41km/h. Isso me deixou muito animado pois logo no início da prova, meu suporte do cotovelo do clip quebrou e tive que pedalar mais de 70km de forma desalinhada na bike. Isso infelizmente comprometeu um pouco a minha corrida pois me sentia "empenado" correndo.

Minha intenção era de me classificar para o Mundial de Longa Distância da ITU, que será realizado na Australia em outubro. Mas no momento não sei o que realmente a CBTRI irá definir pois parece que eles mudaram o regulamento no simpósio , forçando os atletas a participar de outra prova em agosto. Isso seria uma pena pois provavelmente não poderei estar presente... Gostaria muito de ver uma seleção forte representando o Brasil no Mundial de Longa Distância. Tenho certeza que com nosso retrospecto dos últimos 2 anos no exterior, podemos lutar por uma colocação no pódium tanto no individual como por equipe.

Essa mudança do critério de convovação juntamente com determinados regulamentos (regras sobre o vácuo, proibição dos macaquinhos speed suit) foram as partes negativas da prova. De resto, tudo foi muito legal pois sempre fui muito bem recebido por todos em Fortaleza e cada vez faço mais amigos na cidade.

Aproveito para agradecer o carinho e a atenção dos amigos Luciano, Flávia e Zé Filho durante esses dias em Fortaleza.

Abraços a todos do amigo, Marquinhos Ornellas... "

sábado, 7 de março de 2009

Marquinhos é 2o. no Brasileiro de Longa

Na manhã deste sábado e sob uma fina chuva, Marquinhos Ornellas conquistou o 2o. lugar no Campeonato Brasileiro de Longa Distancia disputado em Fortaleza no Ceará. Os atuais campeões brasileiros da distância, Guilherme Manocchio e Ana Lidia Borba venceram a prova nesta etapa inicial.

Em breve mais notícias...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Marcus Ornellas compete no Brasileiro de Longa Distancia

Neste sábado 7 de março, o triatleta MARCUS ORNELLAS estará lutando por mais um título nacional, no Campeonato Brasileiro de Longa Distância que será realizado na Praia de Cumbuco, em Fortaleza no Ceará.

Em sua carreira ORNELLAS já conquistou 3 títulos brasileiros na distância olímpica, 2 títulos brasileiros de Cross Triathlon e 2 títulos do Troféu Brasil. Dessa forma a prova de Fortaleza torna-se muito importante para que o atleta atinja, a nível nacional, todos os títulos "oficiais" possíveis no Triathlon brasileiro.

"Seria ótimo vencer, pois esse é um título que me falta na carreira. Mas sei que será muito difícil, tanto pelo nível dos concorrentes, assim como o clima quente e úmido da região", disse ORNELLAS. Nos últimos anos o atleta se dedicou às competições nos Estados Unidos e principalmente na Europa, onde compete pelo clube italiano Peperoncino.

Recentemente foi eleito pela Revista TriSport como principal atleta de Longa Distância do Brasil em 2008, graças a sua vitória no Triathlon de Longa Distancia do Alpe D'Huez (França), num palco sagrado do esporte.

"Essa homenagem da Revista TriSport me encheu de satisfação. Saber que num país difícil como o Brasil, onde as pessoas têm uma memória muito curta, receber o reconhecimento daqueles que realmente vivenciam e entendem do nosso esporte é muito importante e incentiva muito", comentou ORNELLAS.

FONTE: SS Notícias

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

TRIATHLON INTERNACIONAL DE SANTOS 2009

Depoimento do atleta:

"Queridos amigos...

Nesse momento estou começando a compartilhar com vocês um pouco das minhas competições, viagens e treinamentos. Dessa forma, meus amigos, familiares e as pessoas que torcem por mim poderão estar acompanhando de perto e sabendo sobre as minhas viagens e meus resultados nas provas.

Neste final de semana foi realizado o Triathlon Internacional de Santos, a prova de maior nível técnico do Brasil desde sua criação em 1992. Naquele ano fui vice campeão e já participei de outras 12 edições, sendo 6 vezes entre os TOP 5 e sempre entre os TOP 10. Esse ano não foi dos melhores e apesar de ter nadado no primeiro pelotão, saí um pouco desgarrado na corrida d'água acabando por perder o grupo principal na transição.

Fiz um ciclismo normal, mas um pouco pior do que nos últimos anos. Já na corrida não me senti muito bem e acabei fechando a prova em décimo lugar. Esse ano será repleto de muitos desafios e apesar de não ter alcançado o resultado esperado, estou cada vez mais motivado para meus treinamentos...

Muito obrigado a todos que torceram por mim neste domingo em Santos.

Forte abraço do amigo, Marquinhos Ornellas... "

sábado, 31 de janeiro de 2009

BLOG - Marcus Ornellas / NO AR !!!

Bem vindo ao BLOG do triathleta MARCUS ORNELLAS.

Aqui você terá sempre:
--- Notícias
--- Informações
--- Fotos
--- Muito mais sobre o atleta...
Não deixe de acompanhar !!!